Vandinho se rende à torcida rubro-negra: 'Para eles, não tem tempo ruim'

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Atacante espera um bom resultado contra o Náutico para ver o Maracanã com 'mais de 60 mil pessoas' contra o Atlético-MG

Os mais de 40 mil rubro-negros que foram ao Maracanã no sábado, contra o Sport, sofreram muito, mas no fim voltaram para casa de alma lavada. O principal responsável pela felicidade do Flamengo foi o atacante Vandinho, que entrou no decorrer da partida, deu o passe para o gol de Juan, aos 37 minutos, e fez o gol da vitória por 2 a 1 aos 44. No dia seguinte ao jogo, o novo titular do ataque do Fla não escondeu a admiração pela nação rubro-negra. 

O jogador espera um bom resultado contra oNáutico, sábado, no Recife, para incentivar ainda mais os torcedores a comparecerem ao Maracanã contra o Atlético-MG. Ele garantiu que, caso o estádio receba mais de 60 mil pessoas, o Fla não perde para o Galo. 

- A torcida foi impressionante, estava chovendo, mas para eles não tem tempo ruim. Nunca joguei para um público daqueles. Estava comentando com o Eltinho, imagina se a gente vencer o Náutico quantas pessoas não vão ao Maracanã contra o Atlético-MG? 60 mil, 70 mil? Se vierem 60 mil rubro-negros para o estádio a gente não perde não. A torcida do Flamengo é tudo o que falam mesmo - afirma. 

Vandinho, que jogava no Avaí, de Florianópolis, antes de chegar ao Flamengo, mora no Rio de Janeiro sozinho em um apartamento da Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Apesar da saudade de casa e dos familiares, ele diz que está se adaptando bem. O atacante disse que há algum tempo não visita a cidade onde nasceu, Londrina, no Paraná, onde ganhou ainda mais "amigos" depois que se transferiu para a Gávea. Os pedidos de camisas e lembranças são diversos. 

- A última vez que fui em Londrina foi em dezembro. Quando vou lá não paro, é churrasco com a família, vou a muitos lugares. A saudade é grande, mas estou aqui por causa deles. Sempre que vou lá tem muitos pedidos, principalmente de camisas. Agora que estou no Flamengo, o meu número de amigos aumentou muito - brinca.

Tímido, Vandinho ainda tem um pouco de dificuldade de lidar com o assédio da imprensa, mas afirma que aos poucos está se acostumando. 

- Estou me adaptando ainda a essa coisa de muita imprensa. Sou um pouco tímido e um pouco gago. Estou me adaptando bem ao grupo e ao Rio de Janeiro também - diz. 

O camisa 41 do Flamengo garante que está entrosado com o elenco, e, ao que parece, ja até ganhou um apelido. Mas isso, por enquanto, ele prefere manter em sigilo. 

- Ainda não tenho apelido não. Falei que todos chamam o meu irmão de "Cepa" (Cepacol) e alguns me chamam assim agora. A maioria dos jogadores têm apelidos, o Luizinho chamamos de Zacarias. Na verdade eu também tenho um apelido, mas não vou falar - despista. 

Adaptado, Vandinho espera agora se firmar no Flamengo e no futuro conseguir uma transferência para o exterior para fazer a independência financeira. 

- Sou de família humilde, penso em fazer a minha independência financeira. O mercado asiático também está crescendo. Mas agora penso em me firmar no Flamengo, buscar este título do Brasileiro. 

Como todo jogador, o atacante não esconde o sonho de um dia ter uma chance de vestir a camisa da seleção brasileira. Ele acredita que defender o Flamengo é um bom passo para conseguir este objetivo. 

- Claro que penso em seleção. Tenho 22 anos, se Deus quiser um dia ainda vou ter a minha oportunidade. Tudo depende do trabalho que eu fizer no Flamengo, que é uma grande vitrine - afirma.