Contra frustrações e por presentes de Natal, Atlético-PR e Fla se enfrentam

domingo, 7 de dezembro de 2008


Em situações distintas das imaginadas no início do Brasileirão, rubro-negros lutam por Libertadores e permanência na Série A

Quando iniciaram o Brasileirãono dia 10 de maio com vitórias sobre Ipatinga e Santos, respectivamente, Atlético-PR eFlamengo certamente tinham objetivos mais gloriosos para o duelo de domingo, às 17h, na Arena da Baixada, em Curitiba, pela última rodada da competição. Se os cariocas começaram a disputa tendo o hexa como obrigação e os paranaenses desejavam ao menos um fim de ano tranqüilo com uma vaga na Sul-Americana, restou lutar por prêmios de consolação: de um lado, a vaga na Libertadores. Do outro, a permanência na Primeira Divisão. 
Quinto colocado, com 64 pontos, o Flamengo precisa vencer seu compromisso no Paraná e torcer por tropeços de Palmeiras ou Cruzeiro - contra Botafogo e Portuguesa, respectivamente - para carimbar o passaporte para sua terceira Libertadores consecutiva. Já a missão do Furacão é mais simples. Em 16º, com 42 pontos, basta uma vitória para se garantir na Série A em 2009. Em caso de derrota ou empate, haverá festa se Figueirense e Vasco não vencerem seus compromissos contra Internacional e Vitória. 

Caio Júnior quebra tabu e sonha com coroação de trabalho 

Único treinador a começar e terminar um Brasileirão no comando do Flamengo desde 1999, Caio Júnior chega ao fim da temporada com uma sensação de alívio. Apesar de sua saída ser questão de tempo, o técnico superou uma semana conturbada para buscar aquela que considera a coroação para um trabalho que merece ser valorizado. 

- Vamos lutar até o fim por um prêmio que é a Libertadores e que é muito importante. É difícil fazer uma campanha onde nunca saímos do grupo da frente. Só em cinco rodadas ficamos em sexto ou sétimo, mas em 80% do tempo ficamos do primeiro ao quinto lugar, quase sempre no G-4. Ficou a frustração por não disputar o título, mas queremos essa vaga. 

O treinador, que conseguiu a classificação com o Paraná em 2006 e no ano seguinte deixou escapar a vaga com o Palmeiras na última rodada, reforça a importância de terminar o ano no G-4 para o planejamento de um clube na próxima temporada. 

- Para o clube, representa muito pela questão financeira. Pesa porque a receita é garantida na primeira fase e isso influencia no planejamento. Para os profissionais, é importante pela chance de ser campeão. Vejo o Internacional conquistar esses títulos e penso também no máximo. 

Se não bastasse a pressão extracampo, Caio Júnior teve que superar problemas também dentro dele. Sem Kleberson, Ibson e Obina, suspensos, o treinador encontrou como alternativa a escalação de um trio ofensivo e veloz para o duelo na Arena da Baixada, com Marcelinho Paraíba, Diego Tardelli e Vandinho, protegidos pela trinca de volantes com Jaílton, Toró e Aírton. 

A formação empolgou o elenco durante a semana, e Vandinho deu o tom do clima dos jogadores para conseguir a vaga no G-4. 

- É uma chance que para a gente é tudo. Vai ser um jogo difícil, mas o time vem de uma semana boa de treinos com os titulares e vai buscar a vitória. 


Sem colombiano, Geninho aposta em paraguaio 

O Atlético-PR decide o seu futuro em meio a um clima conturbado pelas eleições do conselho deliberativo. Se politicamente o clube está longe dos eixos, no futebol a situação é periclitante também. 

Sem poder contar com o colombiano Ferreira, expulso na derrota para o Náutico por 2 a 1, em Recife, o técnico Geninho deve lançar o paraguaio Julio dos Santos, que nunca se firmou, no meio-campo ao lado de Valencia e Alan Bahia. Volante de origem, Zé Antônio mais uma vez será improvisado na ala direita. 

A zaga será formada por Rhodolfo, Antônio Carlos e o jovem Chico, outro que atuará improvisado no setor. Recuperado de uma amidalite, Rafael Moura formará a dupla de ataque com Júlio César. 

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Oh meu mengão eu gosto de você